Saiba como a Internet das Coisas está ditando o futuro da mobilidade no mundo
Você provavelmente está acompanhando o hype dos carros autônomos nas redes sociais, né? Vídeos de motoristas se acostumando com o piloto automático dos seus Tesla aparecem constantemente pelos feeds. Recentemente foi divulgado um trecho que mostrava o automóvel em questão evitando um provável acidente, sozinho.
E quem ainda não tem acesso a um carro inteligente como esse fica se perguntando: quando vai chegar a minha vez?
A verdade é que os automóveis no Brasil já fazem parte da tão falada IoT e muito em breve a conectividade desses ativos vai transformar a maneira como nós nos relacionamos com o transporte, o trânsito e o movimento de forma geral.
Neste post, nós conversamos com o diretor de tecnologia da Mobi7 Localiza, Gustavo Bergamo, sobre a relação entre a IoT e os carros conectados, e o que podemos esperar desse futuro.
Boa leitura!
O que é IoT
IoT, ou Internet das Coisas, é o termo que se refere à possibilidade de conectar qualquer coisa à internet, em serviços ou aplicações via web, ou em smartphones disponíveis na nuvem.
Gustavo Bergamo nos conta que o conceito realmente começou a ser difundido quando o chip com interface WiFi se popularizou, bem como os computadores em uma placa. “Na verdade, o termo IoT surgiu da fusão de inúmeras tecnologias que vinham evoluindo em separado desde a criação da Internet lá em 1969, como computadores e servidores, open software, system-on-chip, protocolos de comunicação e seus acordos de padronização mundial seja celular ou WiFi, internet, miniaturização dos semicondutores, bancos de dados, entre outros”, comenta.
Segundo Bergamo, a Internet começou sendo algo restrito a universidades e pesquisadores. Depois, houve a fase de virar uma provedora de conteúdo e divulgação, até chegar nos dias de hoje, sendo um meio de prover comércio e serviços e de conectar as pessoas que cresce diariamente. De acordo com um relatório da We Are Social e do Hootsuite divulgado em janeiro de 2021 hoje existem cerca de 4,66 bilhões de usuários acessando a internet no mundo.
Na prática, a IoT torna qualquer coisa mais inteligente e mais conectada. O que antes era apenas um relógio de pulso que apenas mostrava as horas passou a ser um relógio smart, que serve para ler mensagens, ativar despertadores, contar passos, mapear atividades físicas e, de quebra, ainda saber as horas. Assim como os relógios e tantos outros dispositivos se tornaram inteligentes, os carros também!
O que são carros conectados
Portanto, os carros conectados – como o termo já diz – são automóveis interligados à internet, inteligentes e inseridos na era da IoT.
“Quando falamos que qualquer coisa pode ser smart, precisamos pensar que o valor associado à um carro conectado é muito superior a outras coisas que se inventam por aí como, por exemplo, uma cafeteira conectada. Não basta apenas conectar coisas à Internet, é preciso que essa conexão gere valor na vida das pessoas”, explica Bergamo. Isso porque existem custos relacionados à essa conexão, ao desenvolvimento do software feito para este caso de uso, aos servidores na nuvem que vão fazer a mágica acontecer por trás dos panos. “Por isso, o carro conectado é, sem dúvida, um dos primeiros bens de consumo que faz todo sentido estar conectado”.
Os carros autônomos são o exemplo de conectividade mais evoluído (e restrito) hoje, mas a tecnologia a bordo dos automóveis se faz presente no dia a dia de muitos motoristas. Desde tocar a música do celular no sistema de som usando o bluetooth até destravar as portas e dar partida no motor remotamente, passando pela abertura automática de cancelas nos pedágios – tudo isso é IoT dentro de carros conectados.
E o acesso a essas tecnologias está cada vez maior! Em 2020, a Localiza ampliou a solução de pagamento automático de mobilidade, o Localiza Pass By ConectCar, e a ferramenta estará presente nos 250 mil veículos da frota.
O que podemos prever para o futuro dessa relação
A novidade, neste momento, é que muita da conectividade dentro dos veículos já está vindo de fábrica, como é o caso do serviço On Star da Chevrolet.
Outras montadoras, como Volvo e BMW, já oferecem diversas ferramentas em seus automóveis desde que saem da fábrica, e algumas empresas como GM e Hyundai já estão desenvolvendo soluções junto a companhias telefônicas.
Segundo Bergamo, a partir do momento em que o Wi-Fi for disponibilizado dentro do veículo, uma infinidade de serviços será possível e o carro vai poder se comunicar com absolutamente tudo ao seu redor. Com isso, o comportamento dos motoristas vai mudar, assim como a relação dessas pessoas com o carro. “Já imaginou ser alertado quando tem um trecho irregular na pista? Ou quando existe risco em um cruzamento logo à frente? Ou ainda no caso de um acidente, em que o carro aciona o socorro automaticamente? Tudo isso é possível e será completamente comum em breve!”, revela.